Revista Farmácia Portuguesa |
De facto, esta decisão tomada pelo governo, remonta já ao ano de 2005, com a tomada de posse do então primeiro ministro José Sócrates que, dada a muito má situação do país, decidiu aumentar a carga fiscal e, pelo meio, reduzir de forma significativa a margem das farmácias, pelo impacto que provocavam no aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde.
Por outro lado, havia uma exigência da Troica, que ia nesse sentido.
Desde então, passaram treze anos! As medidas entretanto tomadas, foram muito além do exigido pela Troica, passando as farmácias de uma situação de regular saúde financeira, para uma situação de quase insustentabilidade.
E, se bem que a recuperação financeira do País, tenha vindo a melhorar nos últimos
anos, continua a pressão sobre as farmácias, que trabalham com margens muito abaixo dos países de referência: Espanha, França e Itália.
São treze anos de imensas dificuldades, nomeadamente para as pequenas mas necessárias farmácias do interior, que insistem em se manter perto das populações, continuando o governo, a fechar os olhos a uma realidade que todos vêem e sentem, nos seus (ainda) locais de trabalho.
E para se perceber a dimensão destas medidas, anexamos os dados publicados por esta revista, relembrando somente que existem 649 farmácias em Portugal, em avançado risco de ter que fechar as portas.
Aceita-se que sejam tomadas medidas temporárias de ajustamento, que custam a todos.
Custa muito aceitar que, medidas temporárias, passem a efectivas, quando se assiste ao desmoronamento progressivo da cadeia de farmácias em Portugal.
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