quarta-feira, 15 de abril de 2015

Parlamento discute dezenas de propostas para promoção da natalidade


A taxa de natalidade em Portugal em 1960, era de 3,16 crianças. A taxa de natalidade em Portugal em 2012, era de 1.28! Em apenas 52 anos, a taxa de natalidade baixou para menos de metade! Porquê?

 





Em Abril de 2015, o parlamento decidiu, finalmente, levar o assunto à agenda do dia, considerando
preocupante o abaixamento do índice de natalidade no País. Espantoso!

Em 2014 o actual primeiro ministro afirmou no mesmo parlamento que não compete ao governo fazer com que os casais tenham mais ou menos filhos (Como se o nascimento de novas crianças não venha contribuir para o engrandecimento do País e da sua capacidade contributiva, amanhã!)
Para aqueles como eu, que nasceram antes do 25 de Abril, é bom recordar o seguinte:

- Todos os casais tinham direito a abono de família, em função do número de filhos, pago todos os meses.
- Todos os casais recebiam um determinado valor em dinheiro (incluído no abono), para comprar 2 Kilos de leite em pó e 30 boiões de alimentos liofilizados (vulgo Bledine ou Nutrbém) por mês e por filho.
- Existiam ainda ajudas, aos mais carenciados, para pagamento das chamadas creches, hoje infantários. E tudo isto se passava num país fascista, pouco avançado e pobre, que não pertencia a União Europeia que, de resto, nem existia.

Estas "regalias" foram progressivamente cortadas depois do 25 de Abril, em plena democracia!

Mas independentemente da discussão ou não no Parlamento, interessa meditar seriamente na atitude imponderada, irresponsável e quase jovial, do mais alto responsável do governo.

E repito o que já aqui disse neste blogue. Não compete ao Estado, ao Governo, ao Primeiro Ministro, zelar pelos interesses mais sagrados da nação, que são exactamente os nossos filhos e netos, fiéis continuadores da nossa génese enquanto Nação?

Um verdadeiro primeiro ministro, que se preocupe principalmente com o seu País, deve ter uma visão alargada dos anseios e necessidades da Nação, a longo prazo. Assim fizeram os grandes nomes da nossa história, que pensaram o País antes de tudo o mais.

Resta agora que a discussão no parlamento não vá parir um rato. Este assunto, pela sua importância, devia ter sido resolvido à trinta anos atrás. Portugal tem um passado grande demais, para ficar sujeito a este tipo meio rasteiro de discussão política. Portugal precisa de gente. De jovens. De crianças! São eles o futuro de todos nós e, sem eles, não haverá futuro.

O Governo tem o dever de financiar as famílias para que elas se possam sentir apoiadas e motivadas para terem filhos. O governo tem responsabilidades de que não pode demitir-se. Esta é uma delas e a primeira de todas. Salvaguardar o futuro de Portugal.

Portugal, que te fizeram?




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