sábado, 27 de fevereiro de 2016

Algarve vai encher com ingleses que fogem do Zica e do terrorismo

"O mal de uns, sempre foi o bem de outros. Há dois anos que o turismo no Algarve está em ascensão. Primeiro, por causa do terrorismo. Agora, por causa do Zica"
O número de reservas para a época alta aumentou, já nesta altura do ano, 35% face ao ano passado, um fenómeno provocado sobretudo pelas preocupações dos turistas britânicos.
Procurar um destino de férias seguro – e com isto entenda-se sem propagação do vírus Zika e sem terroristas por perto – está a ser uma grande prioridade para os turistas este ano, sobretudo para os ingleses.
Quem o diz é o Diário de Notícias que, esta sexta-feira, dá conta de que as reservas para o verão, já nesta altura do ano, aumentaram 35% face ao ano passado.
Em declarações ao DN, o presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, reconhece que há hotéis que estão já praticamente cheios. “Temos alguns hotéis já
com dificuldade em fazer reservas para os meses quentes”, afirma.
Perante esta situação, espera-se que 2016 seja sinónimo de um ano extremamente positivo para a região, uma vez que vive muito do turismo.
Segundo Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, o aumento da procura está relacionado com um “desvio de fluxos turísticos”.
“Os turistas estrangeiros trocaram o Algarve por destinos como a Turquia, Tunísia ou o Egito, mas a instabilidade lá acabou por trazê-los de volta ao Algarve e ao Sul de Espanha”, considera.
Este “regresso ao passado” é visto pelo responsável da AHETA como uma fuga a esses países, que nos últimos tempos têm sido bastante afetados por atos terroristas, e também pela epidemia de Zika no continente sul-americano.
A segurança é, de facto, o fator mais importante para os turistas britânicos quando chega a hora de escolher um destino de férias, segundo um inquérito realizado recentemente pelo portal TravelZoo.
Juntamente a estes fatores, a própria Ryanair está a alertar os britânicos para que se apressem a marcar as suas férias, antecipando que alguns destinos estão já a “esgotar”.
Em resposta ao mesmo jornal, a companhia low-cost explicou que os clientes que normalmente marcavam férias para o norte de África e continente asiático estão agora a fugir para o Mediterrâneo por “medo do terrorismo”.
O responsável pelo turismo da região acredita que não são só estes problemas que relançam o Algarve mas também por causa de fatores como “a diferenciação de ofertas e a divulgação do destino”.
ZAP

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