quinta-feira, 26 de março de 2015

Flor do Mar - A Nau portuguesa mais valiosa do Mundo

Drones subaquáticos terão encontrado o navio português Flor do Mar, que naufragou em 1511 no estreito de Malaca, contendo o tesouro roubado destinado a D. Manuel I de Portugal, noticiou o jornal malaio The Star Online. Notícia publicada no Jornal i de 9 de Abril de 2014.
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Frol de la Mar ou Flor do Mar (gravura no "Roteiro de Malaca", século XVI.)
A nau Flor do Mar, foi construída em Lisboa em 1502 e acabou por naufragar em 1511, sobrecarregada de riquezas, no estreito de Malaca.


De facto, esta nau com capacidade para 400 toneladas, era considerada uma das mais avançadas da sua época. Lançada ao mar nesse mesmo ano, zarpou para a Índia na Armada sob o comando de Estêvão da Gama, irmão de Vasco da Gama e a partir daí, participou

quarta-feira, 25 de março de 2015

O carreirismo político

Carreirismo político. Uma frase muito em voga hoje em dia, desacreditada e suscitadora de dúvidas e desconfianças, mal acaba de ser pronunciada e ouvida.
Mas será que nós, cidadãos que vivemos do nosso trabalho do dia a dia, somos capazes de entender a profundidade e as consequências para o país desta "nova" forma de afirmação pessoal e política?

Até à implantação de república em 1910, aqueles que estavam destinados à governação (reis, príncipes, família real e membros da chamada nobreza) eram minuciosamente preparados ao longo de toda a sua juventude e até à idade adulta, para um dia virem a assumir funções de estado. Nem todos lá podiam chegar mas os princípios, a formação e a idoneidade, ficavam lá.


Depois da implantação da república e com o estado novo,

terça-feira, 24 de março de 2015

Os barcos mais utilizados nos descobrimentos

Ao longo de toda a nossa vida escolar e mesmo depois de homens feitos e estudados, ouvimos falar nas caravelas dos descobrimentos portugueses mas, na verdade, para além das caravelas que ficaram na história por serem o meio de transporte mais eficaz para as longas viagens que começaram após a dobragem do Cabo da Boa Esperança, existiram outros tipos de barcos que as novas conquistas foram exigindo, com muito maior capacidade de carga e material de guerra.

Na verdade, existiram 6 tipos diferentes de barcos, cada um com características especiais, destinados ao ambiente em que tinham de se mover e ao tipo de carga que tinham de transportar,incluindo a célebre Carraca, inventada pelo engenho português e de que falaremos mais adiante.

                                                   Barca, Barcha, Barca Pescareza            



Este barco de boca aberta era usado em navegação costeira ou fluvial. A barcha deverá corresponder a uma barca, mas de maior porte. Consoante o tipo teria entre 10 a 20 metros de comprimento e 2,5 a 3,5 metros de boca. Usada em viagens mais distantes tinha uma coberta. De um só mastro com cesto da gávea envergava

sexta-feira, 20 de março de 2015

A POPULAÇÃO PORTUGUESA DESDE A FUNDAÇÃO DO REINO

Os números a seguir indicados podem não ser rigorosos, como é natural, considerando as várias centenas de anos que nos separam da fundação do Reino de Portugal. No entanto, os dados conhecidos, parecem indicar que os portugueses nunca tiveram grande apetência para se multiplicar através dos tempos.

1128 - logo após a independência, seriamos à volta de 495.000.
1300 - estima-se à volta de 700.000
1400 - Cerca de 1.000.000
1800 - 3.000.000
1900 - 5.000.000
1997 - 10.500.000

Ao longo de todo este período, houve grandes calamidades e mutações, como a peste negra,  o envio de colonos para as novas terras descobertas, tão dispersas e outras tão longe, o Terramoto de Lisboa em 1755, a emigração para o Brasil e para as novas possessões em África.

Alguns dados foram retirados do sítio Lusotopia, a quem desde já, agradeço.
Peste Negra na Europa


Todavia, no inicio dos descobrimentos, Portugal teria cerca de 1.000.000 de habitantes, o que, face à grande necessidade de homens, que era necessário enviar para as várias frentes em que o País se encontrava envolvido, era manifestamente pouco.



Como se resolvia então este problema, uma vez que as novas descobertas exigiam cada vez mais gente que, em muitos casos, não mais voltava, permanecendo nos mais

quarta-feira, 18 de março de 2015

O Infante D. Henrique (1394 a 1460) 66 anos


D. Henrique (1394 a 1460)

Se bem que o período dos descobrimentos de Portugal, tenha sido recheado de grandes homens e de grandes feitos de que iremos falando, não podemos deixar passar a figura maior deste grande português, recatado e pensador que foi a génese de tudo o que aconteceu.
Em 1394, nasceu no Porto Infante D. Henrique, filho de D. João I que até 1460, data da sua morte, seria o grande timoneiro, inventor e impulsionador da expansão portuguesa. Em

terça-feira, 17 de março de 2015

Os seis Reis da expansão portuguesa. Os pensadores estrategas.
O período dourado de Portugal e o respeito da Europa.

Estes foram os seis Reis que em cerca de 170 anos de lutas, negociações, conquistas e muito muito querer, levaram várias gerações de portugueses corajosos até ao fim do Mundo, transformando Portugal numa verdadeira potência. Muitas vezes à frente das suas gentes, abriram o caminho da luta e mostraram o seu valor para dirigir. Uma elite de pensadores e guerreiros, como Portugal nunca teve.                                                                                                                           
D. João I (1357 a 1453)


D. João I de Portugal (Lisboa11 de Abril de 1357 – Lisboa, 14 de Agosto de 1433), foi o décimo Rei de Portugal e o primeiro da Dinastia de Avis, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou. Filho ilegítimo (bastardo) do rei D. Pedro I e 3.º Mestre da Ordem de Avis(com sede em Avis), foi aclamado rei na sequência da Crise de 1383-1385que ameaçava a independência de Portugal...ver mais.
D. Duarte (1434 a 1437)
D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de Outubro de 1391 – Tomar, 9 de Setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu.

D. Afonso V (1438 a 1481)
D. Afonso V de Portugal, (Sintra15 de Janeiro de 1432 - Sintra, 28 de Agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei D. Duarte, sucedeu-lhe em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, D. Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D.Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas.

 D. João II (1481 a 1495)
João II de Portugal (Lisboa3 de maio de 1455 – Alvor25 de outubro de1495) foi o décimo-terceiro Rei de Portugal, cognominado O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o poder. Filho do rei Afonso V de Portugal, acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi

domingo, 15 de março de 2015

Mapa dos descobrimentos e explorações portuguesas, desde 1336.

Considerando que a descoberta da ilha de Tanegashima no Japão, a última, ocorreu em 1543, o conhecimento marítimo e tecnológico dos portugueses era notável para a época. Em 1543 os portugueses já haviam percorrido, sabe Deus como, o Atlântico o Índico e o Pacífico.  Clique na imagem e deslumbre-se com este feito, único no Mundo. Este foi o mais notável tempo dos portugueses! O tempo em que aqueles que tinham a missão de governar e gerir, o faziam em prol de Portugal. Durante mais de duzentos anos, pensando pela nossa cabeça, sem influências capazes de nos demover, provamos que havia outras terras, outras gentes para conhecermos e dar a conhecer ao Mundo. Pena que, apesar de tudo, o tempo tivesse sido não curto na história e na memória de todos nós.



Mapa da exploração, primeiros contactos e

sábado, 14 de março de 2015


O Berço
 O Berço, caiu em desuso nos fins do século 19, inicio do século 20. De facto, mesmo num regime apelidado de democrático, o berço (ou a forma de preparação, educação e cultura, conjugados com uma sã disciplina, são absolutamente imprescindíveis, nomeadamente para quem um dia venha a ter a missão de governar.) Aqui, a palavra berço, significa alicerces, bases culturais, princípios de idoneidade.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Os nossos grandes avós


Este é o mapa que nos lembra a grandeza da nossa língua e a força da nossa raça.(Mas não é tudo, como veremos mais adiante). Ainda hoje, nos quatro cantos do Mundo, se fala português! Um trabalho feito pelos nossos avós, que pensaram pela sua cabeça e seguiram em frente, com medo, mas com muita muita determinação. Passados 5 séculos, ainda podemos ver um trabalho exclusivamente feito de fé e determinação! Aqui fica o início daquilo que vai ser a expansão do mundo português. O contraste entre dirigentes que arriscavam, mas que resistiam aos seus medos e os dirigentes de hoje, que pensam apenas pela cabeça dos outros!

Era preciso ir a África, à Índia, ao Japão, às Américas, ao fim do Mundo. Era preciso criar meios, encontrar gente com coragem e valentia, mas tudo se conseguiu em nome de Portugal. Outros tempos, outras gentes!

1401-1500
Aquando da conquista de Ceuta, em 1415, Portugal contava com cerca de 1.000.000 habitantes. A partir daqui uma grande parte da população irá estar ligada aos descobrimentos, conquistas no Norte de África, e povoamento de muitas ilhas no Atlântico. 

Como tão poucos, conseguiram fazer tanto, é um caso para pensar. Apenas um milhão, conseguiu "ocupar" e controlar metade do Mundo!

O que movia esta gente, que hoje não nos move a nós?



                                          

                                              


terça-feira, 10 de março de 2015

Os grandes Portugueses de outrora


Há quatro anos atrás, fiz uma viagem a Marrocos acompanhado de guia. A certa altura da conversa, o guia marroquino perguntou-me: Diga-me lá o que é que os portugueses fazem para não ter filhos. Há cinquenta anos vocês eram praticamente os mesmos que agora...nós, há cinquenta anos, éramos cerca de 9 milhões e hoje somos mais de 30 milhões! Surpreso, respondi que as nossas mulheres também trabalham como nós e que, por isso, não existe predisposição para ter mais que um filho em média.