sábado, 14 de março de 2015


O Berço
 O Berço, caiu em desuso nos fins do século 19, inicio do século 20. De facto, mesmo num regime apelidado de democrático, o berço (ou a forma de preparação, educação e cultura, conjugados com uma sã disciplina, são absolutamente imprescindíveis, nomeadamente para quem um dia venha a ter a missão de governar.) Aqui, a palavra berço, significa alicerces, bases culturais, princípios de idoneidade.

Veja-se o caso das monarquias espalhadas pela Europa e a forma paciente e resiliente como é feita a preparação dos futuros Reis e príncipes. São anos e anos de aprendizagem, que lhes são incutidas desde o berço.

Quem não ouviu já falar de Platão, o famoso filósofo grego, que nasceu cerca de 427 a.c?

Pois bem. Já nessa altura Platão defendia que quem quisesse seguir a vida pública, teria de ser posto à prova durante toda a sua juventude, para adquirir o conhecimento necessário à governação. E só os melhores passariam a tal função! 
E transcrevo:

O ideal da escola pública
Baseado na ideia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de responsabilidade estatal - um princípio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos depois. Igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos e meninas e do acesso universal ao ensino. 

Contudo, Platão era um opositor da democracia - há estudiosos que o consideram um dos primeiros idealizadores do totalitarismo. O filósofo via no sistema democrático que vigorava na Atenas de seu tempo uma estrutura que concedia poder a pessoas despreparadas para governar.

 Quando Sócrates, que considerava "o mais sábio e o mais justo dos homens", foi condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, Platão convenceu-se, de uma vez por todas, que a democracia precisava de ser substituída. 

Para ele, o poder deveria ser exercido por uma espécie de aristocracia, mas não constituída pelos mais ricos ou por uma nobreza hereditária.Os governantes tinham de ser definidos pela sabedoria. Os réis deveriam ser filósofos e vice-versa. "Como pode uma sociedade ser salva, ou ser forte, se não tiver à frente os seus homens mais sábios?", escreveu Platão.
Fica o sítio de parte do texto.

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