Drones subaquáticos terão encontrado o navio português Flor do Mar, que naufragou em 1511 no estreito de Malaca, contendo o tesouro roubado destinado a D. Manuel I de Portugal, noticiou o jornal malaio The Star Online. Notícia publicada no Jornal i de 9 de Abril de 2014.
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A nau Flor do Mar, foi construída em Lisboa em 1502 e acabou por naufragar em 1511, sobrecarregada de riquezas, no estreito de Malaca.
De facto, esta nau com capacidade para 400 toneladas, era considerada uma das mais avançadas da sua época. Lançada ao mar nesse mesmo ano, zarpou para a Índia na Armada sob o comando de Estêvão da Gama, irmão de Vasco da Gama e a partir daí, participou
em mil e uma aventuras, até ao seu inevitável naufrágio.
em mil e uma aventuras, até ao seu inevitável naufrágio.
Em 25 de março de 1505 zarpou uma vez mais de Lisboa para a Índia numa Armada de 16 naus e 6 caravelas, para instalar o novo governo do primeiro Vice-rei, D. Francisco de Almeida. Nesse mesmo ano (1505), na viagem de retorno, sob o comando de João da Nova, sofreu um rombo no casco na altura do cabo da Boa Esperança, recolhendo-se com dificuldade na ilha de Moçambique para reparação. Aí foi encontrada pela Armada de Tristão da Cunha, que tudo fez para remediar a complicada situação. Ainda sob o comando de João da Nova, retornou para a Índia com a Armada de Afonso de Albuquerque.
Participou na conquista de Ormuz sob o comando de Afonso de Albuquerque (1507), foi o navio-almirante na batalha de Diu, travada pelo então vice-rei da Índia D. Francisco de Almeida (1509), participou nas conquistas de Goa (1510) e de Malaca (1511), num notável exemplo de longevidade de uma nau do primeiro quartel do século XVI.
Apesar de já então ser considerada pouco segura, serviu como unidade de apoio aquando da conquista de Malaca, a mais rica cidade que os portugueses ansiavam conquistar e que possuía riquezas inestimáveis. Dada a sua grande capacidade de carga, Afonso de Albuquerque utilizou-a no regresso em finais de 1511 para transportar o vasto espólio da conquista daquela praça, o entreposto comercial mais rico de toda a Ásia.1 Malaca era efectivamente na época, o maior centro comercial do Oriente e Afonso de Albuquerque desejava presentear e surpreender o Rei D. Manuel I com os seus tesouros e conquistas. Na embarcação seguiam também presentes do Reino do Sião (atual Tailândia) para o rei de Portugal.
Tendo levantado ferro de Malaca em direcção a Goa, na noite de 20 de novembro de 1511, durante uma violenta tempestade no estreito de Malaca, naufragou, fazendo numerosas vítimas, mas salvando-se Afonso de Albuquerque "em ciroulas e jaqueta",2 com o auxílio de uma jangada improvisada com os restos do naufrágio.
Hoje a nau jaz algures no fundo do mar. A sua suposta localização é motivo de controvérsias, sendo que a Malásia disputa com a Indonésia os salvados do estreito. Robert Marx, um caçador de tesouros norte americano terá investido 20 milhões de dólares no projecto de trazer à superfície as riquezas deste naufrágio. De acordo com as suas declarações, este é "(...) o barco mais rico desaparecido alguma vez no mar; com a certeza que a bordo tinham sido carregados 200 cofres de pedras preciosas; diamantes pequenos com a dimensão de meia polegada e com o tamanho de um punho os maiores".
Réplica da Fror de la Mar, Museu Marítimo de Malaca |
Hoje, uma réplica da Frol de la Mar, ou Flor do Mar, aloja o Museu Marítimo da cidade de Malaca, prestando a devida homenagem a uma nau portuguesa que passou por muitas lutas e que se afundou, devido ao enorme peso das suas riquezas!
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