segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Banif já foi vendido. Todos vamos, afinal, pagar. Fomos tramados.

Afinal, parece, os portugueses uma vez mais foram tramados, sendo obrigados a pagar uma dívida que não lhes pertence. Que te fizeram Portugal? A União Europeia prevê que os contribuintes possam vir a ter que pagar mais, mas ninguém parece reconhecer que este modo
de resolver insolvências de bancos, não pode continuar, sendo sempre os mesmos a pagar.
O Governo e o Banco de Portugal decidiram a venda do Banif ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros. E o negócio poderá sair muito caro aos bolsos dos contribuintes, com custos a rondar os 3 mil milhões de euros.
O Banco de Portugal anunciou a venda do Banif ao Santander Totta por 150 milhões de euros num processo de resolução com separação dos activos do banco, num modelo semelhante ao usado no caso BES.
Assim, o Santander ficará com os activos não problemáticos do banco fundado por Horácio Roque e será criado um Fundo de Resolução para acolher os activos “tóxicos” do banco.
Na comunicação do negócio, feita pelo Banco de Portugal, salienta-se que o Estado garante uma ajuda pública de 2,3 mil milhões de euros para contingências futuras.
O Fundo de Resolução entra com 489 milhões de euros, o Tesouro português injecta 1,766 mil milhões.
Mas as contas da Comissão Europeia (CE) indicam que o negócio poderá vir a custar aos contribuintes 3 mil milhões de euros, conforme um comunicado divulgado depois da concretização da venda.
Este valor não é ainda totalmente claro e está dependente de eventuais futuras perdas do Banco que são assumidas pelo Estado português.
TSF cita que, além dos apoios mencionados acima, a CE aprovou um “apoio adicional” “sob a forma de garantia estatal, para provisionar potenciais riscos na parte vendida ao Banco Santander“.

Costa assume custos muito elevados para os contribuintes

Mesmo antes da divulgação destes dados pela CE, o primeiro-ministro António Costa tinha assumido que “esta venda tem custos muito elevados para os contribuintes“, frisando contudo, que “é, no quadro das soluções hoje possíveis, a que melhor defende o interesse nacional”.
António Costa também repetiu a ideia de que todos os depósitos serão garantidos.
O mesmo fez o Banco de Portugal, realçando uma “total protecção das poupanças das famílias e das empresas confiadas ao Banif, quer depósitos quer obrigações seniores”.
Os clientes do Banif passam a ser clientes do Banco Santander Totta e as agências do Banif passam a ser agências do mesmo banco.
ZAP

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