terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Presidente

Bandeira do Presidente da República
As nonas eleições presidenciais, estão à porta e terão lugar no dia 24 de Janeiro de 2016. Perfilam-se 17 candidatos, uns apoiados formalmente, outros não. Nomes mais sonantes, conhecidos da grande maioria dos portugueses e nomes menos divulgados.
Importa no entanto saber qual dos candidatos reunirá melhor número de requisitos, para ocupar um lugar de tamanha importância na vida do País.
Há quem pense que o Presidente da República tem poucos poderes,
mas de facto, assim não acontece.

Ao Presidente da República compete:
Exercer as funções de Comandante Supremo das forças Armadas, nomear ou exonerar, sobe proposta do governo, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas e os Chefes de Estado Maior dos três ramos das forças armadas.
Compete-lhe também dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições.
Muitas outras funções de importância decisiva para o futuro do País, estão na sua mão.

Por isso mesmo, as eleições presidenciais, são particularmente importantes para a vida do País e para o desenvolvimento de uma sociedade que se pretende mais unida e motivada em torno de um projecto político que deve ter por principio a salvaguarda dos interesses supremos de Portugal e os direitos dos cidadãos consagrados, também, na Constituição.

O Presidente da República, não sendo uma figura executiva, tem no entanto enormes responsabilidades. É ele que deve ter a capacidade de ver o País à distancia. Prever e ajudar a programar medidas que tenham a ver com o futuro e o desenvolvimento do País. Estender pontes de entendimento entre os partidos, para a prossecução de políticas equilibradas e socialmente justas, sabendo, ao mesmo tempo, manter-se firme nos seus propósitos e decisões, quando, em consciência, entender que assim deve proceder. Ser capaz de exercer a autoridade necessária, com determinação, quando tal for preciso, sem olhar para cores partidárias.

Talvez por isso, seja muito importante conhecer, dentro do possível, a biografia e formas de vida dos candidatos, para que o acto de votar possa assumir a sua plenitude, elegendo o mais capaz, o mais competente, o mais independente e o mais preparado. Não são importantes os apoios, as ligações, as figuras que os rodeiam. Não importa se são ou não apoiados por grandes e influentes partidos e respectivas máquinas partidárias, que fabricam candidatos à medida dos seus interesses. Importa escolher aquele capaz de decidir com independência, pensando livremente, com a sua própria cabeça. Eleger aquele que tenha a melhor visão para o futuro do país, com provas dadas. Eleger um homem que saiba guiar Portugal pelo caminho do progresso, da justiça social e do equilíbrio económico, capaz de bater o pé ao governo, se detectar desvios indevidos.

Este, não pode ser um homem qualquer.

A independência política é uma das armas mais eficazes que um Presidente pode ter numa democracia moderna. Um Presidente independente, está acima dos partidos e tem legitimidade política e poder, para influenciar políticas governativas equilibradas e socialmente justas. A sua eleição, passou pelo voto maciço dos portugueses. A ele compete, também, providenciar junto do governo para que sejam encontradas políticas justas, por forma a evitar a protecção dos poderosos, em detrimento dos mais fracos. Também para isso, ele foi eleito por sufrágio directo.

E é por tudo isto que um presidente, não pode ser um homem qualquer, indicado por este ou por aquele partido, conforme a conveniência do momento. Ele deve ser um homem independente e livre de compromissos partidários. Compete por isso aos eleitores analisar o melhor possível o perfil dos candidatos, antes de entregarem o seu voto. Pode não ser tarefa fácil nos dias de hoje, com tanta informação e desinformação à disposição. 
Um bom Presidente da República é aquele que, na sua liberdade e independência, antes de dizer sim, avalia o verdadeiro interesse do país, para não ter que dizer não. Por isso mesmo, não pode ser um homem qualquer.

Sem comentários:

Enviar um comentário